Certa vez, estava lavando a minha mão no banheiro de um shopping quando percebi um cara batendo naquela máquina de secar a mão, que não estava funcionando. Então, do nada (do nada mesmo) surge um cara e fala:
"Os caras economizam papel, mas gastam energia"
E ele falou isso cheio de pompa, como se fosse um phd em economia. O cara desistiu de bater na máquina e foi embora. Na hora eu pensei: "Você tem razão. Os caras estão gastando energia, que hoje em dia pode ser obtida de várias formas, algumas até não muito agressivas ao meio ambiente, e economizando papel, que é proveniente do corte de milhares de árvores, que ajudam a combater o aquecimento global que está destruindo o nosso o planeta. Realmente, os caras que colocaram essa máquina aqui são uns idiotas."
Porém, evito ao máximo julgar alguém por causa de simples comentários ou aparência. Sendo assim, pensei também: "calma, Leandro, esse cara pode ser apenas alguém que acabou de chegar de outro planeta e não sabe sobre o problema que o aquecimento global está causando. Ou então ele não sabe que o papel é adquirido da árvore. Vai saber..."
Então, conformando-me com o último pensamento, me aproximo da máquina e percebo que ela não está quebrada. Era só aproximar um pouco mais a mão da saída de ar. E, enquanto eu seco as minhas mãos, consigo ler claramente a seguinte mensagem na máquina:
"Ao utilizar esta máquina, você está evitando o corte de centenas de árvores, contribuindo para preservar o nosso patrimônio ambiental e o nosso ecossistema."
Rio da minha própria esperança e penso: "Não sei qual o pior: um idiota que sabe ler mas não quer, ou um imbecil que, por não analisar melhor ou tentar mais vezes, acaba desistindo do que poderia ter ou fazer."
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Verdades absolutas
Lá estava eu sentando na minha carteira, assistindo à mais uma aula de matemática, quando iniciamos a parte de Geometria Plana. Após copiar vagarosamente tudo o que o professor escreveu no quadro, comecei a prestar atenção na sua explicação:
"A base de toda a geometria plana é o ponto. No entanto, o ponto é algo que não existe no nosso mundo, pois ele não possui uma definição."
Neste momento, minha mente despertou, como num estalo, e começou a se perguntar: "Hã? Como assim algo que não existe?". No entanto, preferi continuar ouvindo a explicação do professor para ver se ele tinha uma resposta coerente para essa pergunta.
"Por exemplo, imaginemos a seguinte pergunta: 'onde fulano mora?' Para alguém entender essa pergunta, ela precisa saber a definição de casa, de lugar e de pessoa. Se não souber nenhum desses, ficará difícil a compreensão. Podemos considerar o ponto como o príncipio de tudo. Logo, não existe uma definição para ele. Ele apenas é. Devemos considera-lo como uma convenção."
Ao ouvir tais palavras, imediatamente me lembrei de um outro assunto que tem por base esse princípio desconhecido, mas que não cabe a mim discutí-lo, pelo menos não agora. Seguindo o meu raciocínio, percebi que toda a base da geometria plana se baseia em algo puramente hipotético. É como se fosse um grande castelo de cartas. Se num futuro próximo algum matématico conseguir contestar isso com provas, todo o conhecimento que foi passado por gerações será tão verdadeiro quanto uma lenda urbana. Porém, até esse momento, devemos considerar essa hipótese como verdadeira e aceitá-la sem questionar, ou então questioná-la, mas com bases para tal afirmação.
Sendo assim, todos nós devemos nos lembrar que o tão "perfeito" conhecimento que a humanidade gosta de levantar como seu maior troféu é sustentando por um número sem fim de hipóteses. Tão frágil quanto nós mesmos. Porém, como é algo que toda a humanidade acredita ser verdade, acabamos aceitando como verdade também.
Então, aí vai uma dica: aceite sem questionar quando lhe falarem que algo é verdadeiro. Mas sempre se lembre que tudo, absolutamente tudo, pode ser contestado e que convenientemente você aceitou aquilo como verdadeiro, não que seja essencialmente. É só porque daria muito trabalho derrubar essas teses. E eu sou preguiçoso.
"A base de toda a geometria plana é o ponto. No entanto, o ponto é algo que não existe no nosso mundo, pois ele não possui uma definição."
Neste momento, minha mente despertou, como num estalo, e começou a se perguntar: "Hã? Como assim algo que não existe?". No entanto, preferi continuar ouvindo a explicação do professor para ver se ele tinha uma resposta coerente para essa pergunta.
"Por exemplo, imaginemos a seguinte pergunta: 'onde fulano mora?' Para alguém entender essa pergunta, ela precisa saber a definição de casa, de lugar e de pessoa. Se não souber nenhum desses, ficará difícil a compreensão. Podemos considerar o ponto como o príncipio de tudo. Logo, não existe uma definição para ele. Ele apenas é. Devemos considera-lo como uma convenção."
Ao ouvir tais palavras, imediatamente me lembrei de um outro assunto que tem por base esse princípio desconhecido, mas que não cabe a mim discutí-lo, pelo menos não agora. Seguindo o meu raciocínio, percebi que toda a base da geometria plana se baseia em algo puramente hipotético. É como se fosse um grande castelo de cartas. Se num futuro próximo algum matématico conseguir contestar isso com provas, todo o conhecimento que foi passado por gerações será tão verdadeiro quanto uma lenda urbana. Porém, até esse momento, devemos considerar essa hipótese como verdadeira e aceitá-la sem questionar, ou então questioná-la, mas com bases para tal afirmação.
Sendo assim, todos nós devemos nos lembrar que o tão "perfeito" conhecimento que a humanidade gosta de levantar como seu maior troféu é sustentando por um número sem fim de hipóteses. Tão frágil quanto nós mesmos. Porém, como é algo que toda a humanidade acredita ser verdade, acabamos aceitando como verdade também.
Então, aí vai uma dica: aceite sem questionar quando lhe falarem que algo é verdadeiro. Mas sempre se lembre que tudo, absolutamente tudo, pode ser contestado e que convenientemente você aceitou aquilo como verdadeiro, não que seja essencialmente. É só porque daria muito trabalho derrubar essas teses. E eu sou preguiçoso.
sábado, 18 de agosto de 2007
Uma breve explicação
Certa vez, entre o meu grupo de amigos, surgiu a expressão "Revelações Delirantes". Não lembro exatamente quem a usou pela primeira vez e muito menos quando, mas esse conceito me caiu como uma luva agora.
Até hoje, usamos essa expressão para designar idéias úteis ou deduções brilhantes que surgem do nada. Quando menos se espera, elas aparecem. Muito parecido com os insights da psicologia, com suas múltiplas definições e, mesmo com esse problema, de fácil compreensão.
A partir disto, posso dizer que postarei aqui essas idéias que surgem do nada dentro da minha cabeça, sejam elas úteis ou não. Afinal de contas, posso ter uma idéia brilhante, mas sobre um tema extremamente inútil. Mas como o blog é meu, eu vou postar o que quiser nesse negócio aqui também.
Dito isto, espero escrever aqui com uma relativa frequência. Se não conseguir, não tem problema, já que o site não é deletado por falta de uso.
Então, até a próxima reveleção delirante.
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